Autora: A. J. Betts
Editora: Novo Conceito | | Páginas: 315 | | Informações: Skoob
A última pessoa que Zac esperava encontrar em seu quarto de hospital era uma garota como Mia – bonita, irritante, mal-humorada e com um gosto musical duvidoso.
No mundo real, ele nunca poderia ser amigo de uma pessoa como ela.
Mas no hospital as regras são diferentes. Uma batida na parede do seu quarto se transforma em uma amizade surpreendente.
Será que Mia precisa de Zac? Será que Zac precisa de Mia? Será que eles precisam tanto um do outro?
Contada sob a perspectiva de ambos, Zac e Mia é a história tocante de dois adolescentes comuns em circunstâncias extraordinárias.
****
A vida de Zac dá uma guinada de 360º quando ele se vê obrigado a deixar tudo que gosta de lado para poder ir fundo no tratamento da doença com a qual foi diagnosticado. Dentro do quarto de hospital que se torna seu mundo, Zac vê os dias passarem até que um dia o quarto ao lado é ocupado por Mia, a garota que está passando pelo mesmo problema que ele, mas que vai lhe mostrar outra forma de encarar os desafios da batalha contra uma doença tão grave quanto o câncer.
“De todos eu sou o menos corajoso. Nunca me alistei para essa guerra. A leucemia me convocou, essa filha da puta”
Mesmo Mia sendo alguém difícil de se lidar, com suas convicções, certezas e um peculiar mau humor, aos poucos Zac vai quebrando as barreias impostas por ela e de repente os dois se veem como portos seguros um do outro em meio aquele ambiente nada receptivo. Aos poucos os dois vão se entendendo e se ajudando em meio a todo aquele turbilhão de acontecimentos que tomou conta da vida dos dois de uma hora para outra. Com personalidades opostas Zac e Mia acabam se completando no momento mais difícil de suas vidas.
O gênero sick-lit (literatura doentia) ainda é novo pra mim já que ainda não li tantos livros assim com essa temática, que, ao que parece, tem conquistado muitos leitores por ai. Com uma pegada mais jovem - o que tem se tornado uma característica do gênero - a escritora A. J. Betts criou uma história cheia de emoção, amor, amizade e, o que é bem peculiar aos jovens de hoje em dia, tecnologia. Só pra constar uma bela sacada da autora, os dois protagonistas se conhecem pelo facebook. Como não se identificar né!
"Daí ouço a descarga do banheiro do quarto ao lado. A novata e eu finalmente temos alguma coisa em comum."
O livro tem uma narrativa simples, mas muito envolvente, o que contribui para o desenrolar da história. A história é narrada em primeira pessoa, mas dividida em três partes: a primeira narrada apenas por Zac, a segunda se alternando entre ele e Mia e a terceira apenas por Mia. Apesar de um desenrolar lento, a autora soube deixar o dia a dia dos personagens bem realista, mesmo sendo uma realidade tão dura quanto a luta contra o câncer. Isso fez com que a história não se tornasse chata, mesmo com a falta de grandes acontecimentos ou reviravoltas.
Os personagens são outro ponto em que se destaca o talento da autora. Dos principais aos secundários, ela os criou de uma forma bem realista, bem humanos mesmo, o que se encaixou muito bem na temática e na história em si. Em cada personagem é possível ver os sentimentos que rondam quem passa por esse tipo de eventualidade na vida, até mesmo os que lidam com essas situações, médicos, enfermeiros e profissionais da área, foram bem retratados dentro da história.
“Percebo agora o que é coragem. Coragem é ficar parada, apesar de querer correr. Coragem é se plantar no lugar e encarar coisas que assustam, quer seja sua perna, ou seus amigos, ou o cara que pode partir seu coração de novo. É abrir os olhos e encarar o medo até ele recuar”.
Zac e Mia ao meu ver é um livro para se ler sem esperar muito dele e nem compará-lo a outros do seu gênero. Não espere aqui grandes acontecimentos, momentos de tensão ou suspense porque passa bem longe disso. Como eu já disse sua história é simples, mas não simplória ou piegas, dentro da narrativa a autora traz umas ótimas reflexões com até certa profundidade, mas nada que vá mudar o rumo de uma vida. É um livro excelente para relaxar, mesmo com sua temática aparentemente pesada - pois não é. Me proporcionou momentos de emoção, diversão (pois é!) e me fez refletir um pouco sobre quem passa por essas circunstâncias da vida.
Enfim é uma leitura que eu recomendo, mas para quem está acostumado ou gosta de histórias mais humanas, densas. Acho que o grande clímax de Zac e Mia, se é que o livro tem, é ver como cada um enfrenta seus dramas e dilemas das formas mais variadas possíveis.
A última pessoa que Zac esperava encontrar em seu quarto de hospital era uma garota como Mia – bonita, irritante, mal-humorada e com um gosto musical duvidoso.
No mundo real, ele nunca poderia ser amigo de uma pessoa como ela.
Mas no hospital as regras são diferentes. Uma batida na parede do seu quarto se transforma em uma amizade surpreendente.
Será que Mia precisa de Zac? Será que Zac precisa de Mia? Será que eles precisam tanto um do outro?
Contada sob a perspectiva de ambos, Zac e Mia é a história tocante de dois adolescentes comuns em circunstâncias extraordinárias.
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A vida de Zac dá uma guinada de 360º quando ele se vê obrigado a deixar tudo que gosta de lado para poder ir fundo no tratamento da doença com a qual foi diagnosticado. Dentro do quarto de hospital que se torna seu mundo, Zac vê os dias passarem até que um dia o quarto ao lado é ocupado por Mia, a garota que está passando pelo mesmo problema que ele, mas que vai lhe mostrar outra forma de encarar os desafios da batalha contra uma doença tão grave quanto o câncer.
Mesmo Mia sendo alguém difícil de se lidar, com suas convicções, certezas e um peculiar mau humor, aos poucos Zac vai quebrando as barreias impostas por ela e de repente os dois se veem como portos seguros um do outro em meio aquele ambiente nada receptivo. Aos poucos os dois vão se entendendo e se ajudando em meio a todo aquele turbilhão de acontecimentos que tomou conta da vida dos dois de uma hora para outra. Com personalidades opostas Zac e Mia acabam se completando no momento mais difícil de suas vidas.
O gênero sick-lit (literatura doentia) ainda é novo pra mim já que ainda não li tantos livros assim com essa temática, que, ao que parece, tem conquistado muitos leitores por ai. Com uma pegada mais jovem - o que tem se tornado uma característica do gênero - a escritora A. J. Betts criou uma história cheia de emoção, amor, amizade e, o que é bem peculiar aos jovens de hoje em dia, tecnologia. Só pra constar uma bela sacada da autora, os dois protagonistas se conhecem pelo facebook. Como não se identificar né!
O livro tem uma narrativa simples, mas muito envolvente, o que contribui para o desenrolar da história. A história é narrada em primeira pessoa, mas dividida em três partes: a primeira narrada apenas por Zac, a segunda se alternando entre ele e Mia e a terceira apenas por Mia. Apesar de um desenrolar lento, a autora soube deixar o dia a dia dos personagens bem realista, mesmo sendo uma realidade tão dura quanto a luta contra o câncer. Isso fez com que a história não se tornasse chata, mesmo com a falta de grandes acontecimentos ou reviravoltas.
Os personagens são outro ponto em que se destaca o talento da autora. Dos principais aos secundários, ela os criou de uma forma bem realista, bem humanos mesmo, o que se encaixou muito bem na temática e na história em si. Em cada personagem é possível ver os sentimentos que rondam quem passa por esse tipo de eventualidade na vida, até mesmo os que lidam com essas situações, médicos, enfermeiros e profissionais da área, foram bem retratados dentro da história.
Zac e Mia ao meu ver é um livro para se ler sem esperar muito dele e nem compará-lo a outros do seu gênero. Não espere aqui grandes acontecimentos, momentos de tensão ou suspense porque passa bem longe disso. Como eu já disse sua história é simples, mas não simplória ou piegas, dentro da narrativa a autora traz umas ótimas reflexões com até certa profundidade, mas nada que vá mudar o rumo de uma vida. É um livro excelente para relaxar, mesmo com sua temática aparentemente pesada - pois não é. Me proporcionou momentos de emoção, diversão (pois é!) e me fez refletir um pouco sobre quem passa por essas circunstâncias da vida.
Enfim é uma leitura que eu recomendo, mas para quem está acostumado ou gosta de histórias mais humanas, densas. Acho que o grande clímax de Zac e Mia, se é que o livro tem, é ver como cada um enfrenta seus dramas e dilemas das formas mais variadas possíveis.
“De todos eu sou o menos corajoso. Nunca me alistei para essa guerra. A leucemia me convocou, essa filha da puta”
O gênero sick-lit (literatura doentia) ainda é novo pra mim já que ainda não li tantos livros assim com essa temática, que, ao que parece, tem conquistado muitos leitores por ai. Com uma pegada mais jovem - o que tem se tornado uma característica do gênero - a escritora A. J. Betts criou uma história cheia de emoção, amor, amizade e, o que é bem peculiar aos jovens de hoje em dia, tecnologia. Só pra constar uma bela sacada da autora, os dois protagonistas se conhecem pelo facebook. Como não se identificar né!
"Daí ouço a descarga do banheiro do quarto ao lado. A novata e eu finalmente temos alguma coisa em comum."
Os personagens são outro ponto em que se destaca o talento da autora. Dos principais aos secundários, ela os criou de uma forma bem realista, bem humanos mesmo, o que se encaixou muito bem na temática e na história em si. Em cada personagem é possível ver os sentimentos que rondam quem passa por esse tipo de eventualidade na vida, até mesmo os que lidam com essas situações, médicos, enfermeiros e profissionais da área, foram bem retratados dentro da história.
“Percebo agora o que é coragem. Coragem é ficar parada, apesar de querer correr. Coragem é se plantar no lugar e encarar coisas que assustam, quer seja sua perna, ou seus amigos, ou o cara que pode partir seu coração de novo. É abrir os olhos e encarar o medo até ele recuar”.
Enfim é uma leitura que eu recomendo, mas para quem está acostumado ou gosta de histórias mais humanas, densas. Acho que o grande clímax de Zac e Mia, se é que o livro tem, é ver como cada um enfrenta seus dramas e dilemas das formas mais variadas possíveis.
