Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 546
#skoob#
Pássaros feridos é a saga romântica de uma família singular — os Clearys. Tem início no começo do século 20, quando Paddy Cleary leva a esposa, Fiona, e os sete filhos do casal para Drogheda, uma enorme fazenda de criação de carneiros, de propriedade de sua autocrática irmã mais velha, viúva e sem filhos, e termina meio século depois, quando a única sobrevivente da terceira geração, a brilhante atriz Justine O´Neill, começa a viver o seu grande amor.
As figuras centrais dessa história empolgante são a indômita Meggie, única filha do casal Cleary, e o homem que ela realmente ama, o excepcionalmente belo e ambicioso padre Ralph de Bricassart. As alternativas da vida de Ralph levam-no de uma remota paróquia perdida no interior da Austrália aos salões do Vaticano, e as de Meggie, tirando um breve e infeliz casamento fora dali, fixam-na em Drogheda. Mas a distância não diminui os sentimentos, embora lhes modele a existência.
Pássaros feridos foi um dos meus
primeiros livros de maior densidade e carga dramática (e olha que eu o li bem
no inicio da minha fase literária!). Quem já o conhece deve imaginar que eu fui
bem corajoso em ler uma obra tão extensa e tão densa em seu conteúdo com tão
pouco hábito de leitura na época em que o li. E está certo quem pensa assim,
pois realmente, não é um livro que se pegue para passar o tempo numa viagem ou
em outra ocasião qualquer. Pássaros feridos é uma obra singular, única, de uma
beleza poética poucas vezes vista de uns anos pra cá; uma história recheada dos
mais variados sentimentos que se intercalam nos mais diversos momentos; com
personagens (e são muitos!) extremamente humanos, ricos em suas personalidades,
bem desenvolvidos e conduzidos com
maestria pela autora, em momento algum o leitor se vê perdido nas centenas de
páginas que compõem a obra. Apesar de ser um livro extenso, com muitos
personagens e com alta carga de dramaticidade sua narrativa é fluida e bem
desenvolvida e em momento algum se torna cansativa ou demorada.
Contando a saga da família Cleary
por três gerações, somos inseridos no mundo dessa família e, devido a cativante
escrita da autora, nos sentimos fazendo parte dela. A cada página que viramos,
mesmo não acontecendo eventos impactantes ou grandes reviravoltas, nossa
curiosidade é aguçada para conhecermos mais e mais o dia a dia da família Cleary
e seus integrantes. Integrantes estes que como já disse, de tão bem
desenvolvidos e conduzidos, parecem muitas vezes saltar das páginas e tomarem
forma diante dos olhos de quem está lendo. De inicio os personagens soam
simples, corriqueiros, algumas vezes até parecendo que nada vai sair dali, mas
é no andar da história, no decorrer do dia a dia de cada um que as coisas vão,
aos poucos, acontecendo.
É num destes acontecimentos que a
vida da família Cleary muda de uma forma inesperada. Fazendeiros modestos e
criadores de ovelhas, mas felizes e satisfeitos com que têm, eles são obrigados
a deixar para trás as terras onde sempre estiveram fincadas as suas raízes e
partir numa jornada onde não sabem o que lhes reserva o futuro. Neste futuro a
vida de cada um muda de uma certa forma, mas suas personalidades permanecem
intactas. Agora em meio a um ambiente que não lhes é familiar, os Cleary terão
que conviver com novos costumes, novas regras, mas sempre mantendo o que cada
um é em sua essência e em seu coração.
Um amor impossível, mas com uma
força avassaladora, sentimentos reprimidos, desejos sufocados, perdas, mágoas
que podem durar uma vida inteira e um perdão que talvez chegue no fim... É com
esses e outros elementos que estão dentro de cada um de nós que Colleen MacCullough
faz de seu maior best seller uma obra inesquecível, arrebatadora, que toca
fundo em nosso coração e grava-se por muito tempo – se não para sempre – em nossa
memória.
Escrito magistralmente com
personagens altamente humanos, repletos de sentimentos conflitantes, e com uma
história atemporal, ‘pássaros feridos’ merece (PRECISA!) ser lido não apenas
com os olhos, mas, principalmente, com o coração.
Nunca ouvi falar do livro (nem do autor), mas tua resenha enaltece tantas qualidades da obra que quem lê a resenha mas não conhece o livro, como eu, se sente até culpado de nunca ter escutador falar sobre (sem contar que é um best-seller, né?). Não tenho interesse de primeira, mas se de repente ele aparecer no meu caminho, eu pego.
ResponderExcluirElder Ferreira, O Epitáfio
(Eu ia saindo do blog, mas fiquei escutando I'm with you da Avril que fica ali no player do topo, rs).
ExcluirNossa, não conhecia esse livro
ResponderExcluirMas com essa resenha bem feita e detalhada, fiquei com muita curiosidade
Vou procurar
Beijos
@pocketlibro
http://pocketlibro.blogspot.com.br
Linda sua resenha, Jean! Esse livro é perfeito! Infelizmente muitas pessoas não o conhecem, por isso é tão legal divulgar essas obras clássicas. O conheci através da minha mãe, que tem um exemplar em casa, super bem cuidado. Já o li duas vezes. É tão bem escrito que emociona. Enfim, vocêe leu minha resenha, então sabe que sou suspeita pra comentar, rsrs.
ResponderExcluirAbraços!
Minha sogra tem esse livro e fala muito bem dele. Eu até estava pensando em pegá-lo emprestado, logo, sua resenha me convenceu a fazê-lo de uma vez. Adorei as palavras que usou e a forma como resenhou o livro, nos deixando curiosos na medida certa e sem dar spoilers.
ResponderExcluirÉ a primeira vez que entro no blog - o conheci através de um comentário da Kivia no meu blog - e o adorei. Será um prazer voltar mais vezes.
Casal de leitores? Isso é tão legal! Meu namorado também lê tanto quanto eu, mas não se sente a vontade de mergulhar na blogsfera^^ hahaha
Amei!
Beeijos
Jéssica
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