11/12/2012

Resenha: Private

Autor: James Patterson
Editora: Arqueiro
Páginas: 224


Só há um lugar seguro para os segredos dos poderosos.
Jack Morgan é dono da Private, a melhor agência de investigações que existe, com escritórios em vários cantos do planeta. É a ele que os homens e as mulheres mais influentes do mundo recorrem quando precisam de total eficiência e máxima discrição. A agência é o único recurso quando a polícia não pode fazer mais nada.
Enquanto Jack e sua equipe investigam o assassinato de 13 garotas, surgem dois outros casos, bem mais pessoais. Fred, tio de Jack, procura-o pedindo ajuda com um escândalo financeiro que pode destruir a liga profissional de futebol americano. E a esposa do melhor amigo de Jack, Andy Cushman, é encontrada morta.
Os três mistérios parecem insolúveis, mas Jack conta com os melhores investigadores e com o que há de mais avançado em tecnologia – recursos que, muitas vezes, não estão à disposição da polícia. Além disso, a agência não responde a instituições oficiais, portanto, nem sempre precisa jogar de acordo com as regras.
Anos após seu pai ter abandonado o negócio, Jack Morgan assumiu a Private. Sob sua direção, a empresa de Los Angeles se expandiu, abrindo filiais em Nova York, Londres e Paris.
Além de Jack, a agência reúne um seleto time de investigadores: a psiquiatra Justine Smith, o impulsivo ex-fuzileiro naval Rick Del Rio, o charmoso Emilio Cruz e os gênios do laboratório Dr. Sci e Mo-bot.
A equipe – Justine em especial – está completamente dedicada a pegar um criminoso que há dois anos vem matando colegiais a intervalos regulares. Às voltas com esse caso intrigante, a agência também é contratada para investigar possíveis manipulações nos resultados dos jogos da NFL – a liga profissional de futebol americano – e para encontrar o assassino da esposa do melhor amigo de Jack.
Juntos, esses três casos quase levarão Jack ao limite de sua energia.

Private foi meu primeiro encontro com James Patterson e devo dizer que sim, me decepcionei um pouco com o livro. Claro que eu não posso dizer que é um livro horrível, que eu me arrependo de ter lido ou que tive vontade de abandoná-lo no meio da história – não, nada disso! Acho que minha decepção (que foi em certos aspectos e não com todo o livro) se deve ao grau de expectativa que criei em relação ao autor e sua escrita – que é muito boa por sinal! Tudo que se lê em relação a James Patterson, de ele ser o maior escritor de suspense do mundo, o que mais vende, o que mais lucra e o que mais publica, cria de certa forma uma expectativa no leitor que vai ler suas obras pela primeira vez.

No quesito narrativa JP é com certeza um dos melhores; sua narrativa é ágil, veloz, sem perda de tempo e sem detalhes insignificantes. Lendo a história parece mais que você está assistindo um episódio de CSI ou Criminal Minds (o que na minha opinião é um ponto super positivo!).

A ação da história gira em torno da Private, uma agência de investigação particular muito renomada que conta com os melhores agentes do mundo e é equipada com o que há de mais moderno para ajudar na solução dos mais diversos crimes. Esse ponto da história em alguns momentos achei um pouco repetitivo; em muitos momentos é destacado o quanto a Private é sofisticada, moderna, a tecnologia de ponta que ela possui, às vezes, até mais que o FBI ou a NASA.

Outro ponto fraco do livro pra mim foram os personagens – exceto o protagonista, Jack Morgan, dono da Private. Os personagens são descritos e conduzidos de uma forma um pouco superficial, basicamente, tudo sobre cada um é dito em umas 6, 7 linhas e um detalhe ou outro vai aparecendo no decorrer da história. Não digo que deveria ter uma biografia de cada um, mas do modo como são apresentados ficaram um pouco superficiais. A exceção disso é Jack Morgan, que tem um episódio do seu passado na guerra do Afeganistão que ainda o perturba, um relacionamento de quase inimigo com seu irmão gêmeo, Tommy, e que não consegue estabelecer um bom relacionamento com nenhuma mulher. Jack é o personagem do qual chegamos mais perto, já que boa parte da história é narrada por ele e outras em terceira pessoa.

Na história a Private tem 3 casos para desvendar: o assassinato de uma mulher, uma fraude em jogos de futebol e descobrir quem é o serial killer que vem matando jovens colegiais. A investigação dos casos acontece simultaneamente, mas a forma como tudo é narrado não deixa que o leitor se confunda entre os casos. Os casos que são mostrados na história, infelizmente, também foram outro ponto um pouco superficial. No que as investigações vão ocorrendo, as coisas vão sendo descobertas de uma forma um pouco fácil demais – muito disso em função da tecnologia da Private. Não há em momento algum um jogo de “gato e rato” entre quem está investigando e quem está sendo investigado; do momento em que os crimes começam a ser investigados, até a elucidação de cada um, não há um momento de clímax.

De certa forma eu não classificaria Private como um livro de suspense e nem sei em que categoria o colocaria. Pra mim o foco da história mesmo é a investigação em si e tudo que a envolve, por isso que o livro mais parece um episódio de CSI ou Criminal Minds, só que com menos suspense do que os seriados de TV.

Volto a dizer: O LIVRO NÃO É RUIM, passa longe disso, mas não é o livro que faz jus a fama de seu autor. Como foi o primeiro livro do autor que eu li, não sei se a fama que JP tem é verdadeira, mas em Private pode se constatar que o que a famosa frase “as páginas viram sozinhas” diz é verdade. A agilidade da narrativa é tamanha que parece mesmo que as páginas viram sozinhas; mas se por um lado isso é bom, por outro acho que prejudicou um pouco o desenvolvimento dos acontecimentos e dos personagens.

No conjunto da obra posso dizer que Private é um bom e que vale a pena ser lido. Com certeza não foi o melhor livro que li, nem está entre os melhores, mas também não acho justo classificá-lo como ruim. É um livro que vai te fazer boa companhia numa viagem, no trajeto para o trabalho ou escola ou na espera de alguma recepção. Enfim, é um bom passatempo, assim como são os seriados de TV (leia-se CSI ou Criminal Minds, meus preferidos!).




BOM





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3 comentários :

  1. Adorei a resenha!

    Beijos
    Rízia - Livroterapias
    livroterapias.blogspot.com.br

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  2. Adorei a resenha. AInda nao li esse livro. So li O Diario de Suzana para Nicolas e fiquei encantada com a narrativa do James. Magnifica!

    Bjokas
    Flavia - Livros e Chocolate

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  3. Infelizmente ainda não me encontrei com a narrativa de James Patterson,tenho muita vontade de ler pois tenho a sensação de que vou gostar.Sua resenha ficou bem elaborada e instigante.
    Abraço!

    Bruno
    http://oexploradorcultural.blogspot.com

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